4 passos para desfazer crenças limitantes e fazer a Lei da Atração conspirar a seu favor

Gui Melo
6 min readOct 26, 2021

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Neste texto:

  • Costumes, hábitos e família
  • Como diálogos internos afetam a Lei da Atração
  • Criança interior

Quando eu era criança, eu gostava de criar regras bobas para fazer coisas. Desde “andar sem poder pisar nas linhas (ou no preto)”, até outras mais complexas e esquisitas, “só poder engolir depois de mastigar 100 vezes”, “abrir o micro-ondas antes de apitar”, etc.

Um dia desses, vi um adolescente fazendo algo parecido, passando o maior sufoco com pimenta (sem razão alguma)! Quer dizer, ele queria provar para si mesmo que era capaz, e “venceria”.

O autoconhecimento tem me mostrado como estas brincadeiras permaneceram na minha vida adulta, e a tornaram muito mais difícil e complexa do que deveria. Para apimentar, decidi adotar regras dos outros, tornando a diversão numa espécie de jogo de sobrevivência.

Meditação e mantras me ajudam a mudá-las, tirando um aperto enorme do meu peito, e aliviando uma pressão que parecia estar fora do meu alcance.

Porque nada muda

Esta época do ano costuma nos convidar a pensar em como foram os últimos 365 dias e como queremos que os próximos sejam. É triste quando os planos não se realizaram e, basicamente, os dias foram cópias uns dos outros.

Muitas pessoas odeiam natal porque é “tudo a mesma bosta”. E o motivo de nada mudar é justamente porque os pensamentos são os mesmos, as conversas internas são as mesmas, os hábitos são os mesmos: mesma rotina, mesmo caminho, mesmos programas, mesmos restaurantes, mesmas respostas...

Em 365 dias, as pessoas não fazem nada de diferente, e esperam mudanças.

Costumes do berço

Quando eu era criança, sempre que ganhávamos uma caixa de bombom, eu raramente comia os que eu queria. Mesmo se fosse o primeiro a escolher, eu não podia pegar o melhor. Não, né? Um monte de gente pra pegar ainda, e você vai pegar o melhor? Quem você acha que é?

Nas entrelinhas, este ritual imprimia no meu subconsciente: “você não merece o melhor”, “o seu é o que sobrar”.

Apesar de triste, é interessante analisar isto porque meus ancestrais vieram de cenários assim, os barões ficavam com o melhor, e o que sobrava ia para eles. Eles aprenderam a ser assim, e educaram seus filhos assim.

(Inclusive, eu recomendo uma visita ao passado para conhecer a árvore genealógica e entender melhor os contextos, educação, costumes, valores, etc. da sua família — embora não seja necessário, é legal imaginar como eles viviam, o que sentiam, quais crenças tinham...)

Conversando sozinho

Não é porque você aprendeu a ser de um jeito, que não poderá ser de outro. Sempre é possível mudar e melhorar. A neurociência e a psicologia têm trazido inúmeros estudos e evidências sobre isto.

PS. Nunca é tarde demais! Enquanto estiver vivo, você pode viver.

A peça fundamental para isso acontecer é o amor próprio.

Cada um tem um jeito de amar, e não existe jeito certo ou errado. Mas, na minha visão, é obrigatório que você passe algum tempo diário consigo mesmo, sozinho, introspectivo, consigo! Prestando atenção nos sentimentos, pensamentos e conversas que acontecem ao longo do dia.

É surpreendente saber que é possível ter um diálogo consigo mesmo. E é ainda mais surpreendente descobrir coisas suas que você “não sabia”.

O mundo exterior é um reflexo

Nestas conversas, você vai perceber ciclos, como:

Você está na bad porque ninguém te valoriza, mas (internamente, sem perceber) você se desvaloriza. O tempo todo você olha para suas conquistas e faz pouco caso. Talvez você desvaloriza tanto suas conquistas, que você acha que não tem nenhuma. E sempre tem. Pequenas ou grandes, sempre temos!

E estes ciclos são repetitivos:

  • Pessoas te ignoram → você se ignora o tempo todo → Pessoas te ignoram;
  • Pessoas te humilham → você se humilha → Pessoas te humilham;
  • Pessoas brigam com você o tempo todo → você briga com você o tempo todo → Pessoas brigam com você…

Quer por medo, por antecipação ou por costume, você acabar se conectando com o que não quer e, ironicamente, acaba vivendo mais disso.

Lei da Atração nada mais é do que a manifestação do seu mundo interior, no mundo exterior.

O que você pensa, fala, acredita, espera, sente, predominantemente, sobre você mesmo, sobre as pessoas e coisas lá fora, e como elas interagem entre si.

Destaque para “predominantemente”.

É aquela história de comer saudável no café da manhã, e passar o resto do dia comendo açúcar e junk food. Daí a importância de prestar mais atenção em si, de mindfulness, trazer a atenção para o mundo interior, perceber pensamentos e sentimentos.

Emoção + repetição + persistência

Soa óbvio dizer, mas o subconsciente está sub o consciente, não aparece. E é exatamente onde as crenças estão. Orai e vigiai que fala, né? Sentir mais gratidão e alegria, do que reclamação e medo. Em tudo dai graças.

Criança interior

Medos são expectativas. De certa forma, você espera que aquilo aconteça. E porque você dedica tanta energia e tanto tempo a ele, o temido acaba acontecendo.

Geralmente, o mesmo está relacionado à criança interior. Então, não ignore a sua criança interior, não se ignore. Converse com ela, dê atenção, se pegue no colo, tranquilize-se. Diga que não precisa ter medo, que vai ficar tudo bem.

Literalmente, se abrace como quem protege uma criança. Coloque a mão no coração enquanto se conecta com ela. Você pode falar em voz alta ou mentalmente.

Para quem quiser se aprofundar nas crenças limitantes, medos, etc., e transforma-las em positivas, no meu livro “Notas da tempestade interior” (deve sair em breve) eu compartilho vários outros exercícios práticos.

Mensagem importante: você não é menos porque tem menos. Ponto. O sol brilha pra todos, a sua riqueza e seu valor já estão no interior, basta acessa-la, cultiva-la e curti-la.

A minha receita

Para mim, a construção de novas crenças, novas vibrações e manifestações é um processo, um estilo de vida. Eu posso sim destruir as crenças limitantes, mas eu preciso construir novas.

Elas são desconfortáveis, no começo, parecem mentiras, depois, viram um “pode ser”, depois, um “tomara que seja”, e com o passar do tempo, se tornam verdades, parte de mim, meu estado de ser natural.

Este estilo de vida eu adoto com quatro passos:

  1. Decidir o que realmente quero. Ter o porquê muito bem definido;
  2. Focar. Ter disciplina, comprometimento comigo mesmo. Sabe? Não fazer um dia, dois não… Fazer o que precisar ser feito, sem desculpas, sem depois. Muita gente se perde aqui (eu mesmo já me perdi algumas vezes);
  3. Repetir as crenças, sejam elas pensamentos, afirmações ou sentimentos. Mesmo que soe como errado ou “mentira”, continuo. Me acostumo com essa nova verdade. Repito até acreditar nela, depois, persisto mais até que vire uma convicção, algo tão natural que soa óbvio. Quantas vezes? Todos os dias! O máximo de vezes possível ao longo do dia. Até virar uma certeza. Custe. O. Que. Custar;
  4. Coloco meu corpo e mente em modo receptivo, ao invés de perseguição. Ao invés de sentir que estou no lugar errado, na hora errada, que o meu tesouro está escondido em outro lugar, sinto, conscientemente, que estou no lugar certo, na hora certa, aqui-agora. Você pode sentir que as bênçãos estão a caminho, ou, que elas já estão aqui. O que soar melhor para você.

Razão para adotar novas crenças

Memórias são registros de eventos passados. Os hábitos se desenvolvem em torno destas duas coisas. Ora, se os hábitos trouxeram os resultados do passado e eles não me agradam mais, repeti-los trarão os mesmos resultados. Logo, as novas crenças precisam ser diferentes.

Crenças diferentes = pensamentos diferentes = diálogos internos diferentes = vibrações diferentes = resultados diferentes.

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Written by Gui Melo

Um introvertido compartilhando as lições que não ensinaram na escola, mas que são essenciais para conviver em paz com a própria cabeça 💛

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