Neste texto:
- Como acabar com os pensamentos negativos
- O poder da repetição e como usá-la a seu favor
- Reprogramação mental acordado e durante o sono
O Design do Eu sou
Este é mais um texto sobre como os últimos 12 ou 13 anos de estudos e meditação me ajudaram a ser livre da dependência da aprovação alheia, de querer agradar a todos, das crenças pobres adquiridas na infância, dos diálogos internos tóxicos, das coisas que estavam fora do meu controle.
Design não é só sobre algo bonito. Na verdade, um bom design é invisível, ele está lá, mas é tão óbvio que não é percebido. É meio como uma piada: quando boa, não precisa de explicação.
A nossa mente tem um design perfeito. Os hábitos e padrões passam “despercebidos” — claro, economizam energia vital — , causa-e-efeito se camuflam e parece que estou à mercê do governo, da economia, do mundo, enfim, da vida.
Parafraseando Carl Jung: até você entender como a mente funciona, o modo automático irá dirigir a sua vida e você vai chamá-lo de vontade de Deus.
O monge e o aprendiz
A historinha do monge e o aprendiz é o meu despertador interno 24/7.
Muito resumidamente:
Sob voto de silêncio, o monge é acompanhado por seu aprendiz.
No caminho, o monge salva uma moça que estava se afogando no lago. Ele a tira da água, faz um namastê e segue viagem.
Depois de muito tempo, o aprendiz quebra o silêncio, e pergunta como o monge ignorou a beleza daquela mulher. O mestre responde dizendo que ele a carregou nos braços por alguns segundos, e o homem a carrega na mente por horas.
As pessoas têm suas parcelas de culpa nos nossos traumas sim. De propósito ou não, elas engatilharam sentimentos e crenças. Mas o problema real não é o que aconteceu, nem o que disseram, nem como me fizeram sentir, o problema é:
durante quanto tempo eu carrego isso na cabeça.
O poder da repetição
A mente tem duas grandes prioridades:
1) Sobreviver;
2) Economizar energia.
Significa que ela vai prestar atenção muito mais nas coisas que te colocam em perigo do que nas coisas que te deixam feliz; e, que ela vai agir de forma a consumir menos energia possível.
Aí entra o poder dos hábitos, das repetições: quando você repete estes pensamentos negativos, você fortalece uma conexão neural, e a mente vai fluir por esta conexão, em vez de gastar mais energia para criar ou seguir uma conexão mais fraca.
E quando esta conexão representa um perigo, a mente já dispara todo o processo do medo, hormônios do estresse, etc. O que é bom e essencial quando você realmente está em perigo, MAS quando o perigo só existe na sua cabeça, é um dilúvio de cortisol que destrói o corpo e a vida.
Programação
A tela na qual este texto está aparecendo para você é o resultado de linhas e mais linhas de códigos de programação.
Estou convencido de que a vida que está aparecendo para você também é o resultado de crenças e mais crenças registradas no subconsciente.
Eu não acredito exatamente em Lei da Atração, não acredito que eu vou pensar em algo e o Universo vai me dar isso. Mas eu tenho experiências e conhecimento o bastante para entender alguns padrões — e alguns deles estão sob o meu controle.
Programação de reclamação e medo se conecta com pessoas e situações compatíveis com esta programação, assim como programação de gratidão e alegria se conecta com pessoas e situações que se harmonizam com ela.
Você mesmo pode fazer o teste e ver como a vida ao seu redor muda quando você, conscientemente, muda da reclamação constante para a gratidão constante, e vice-e-versa.
E, ainda que não fosse assim, o simples fato de focar mais em gratidão do que em reclamação torna o corpo (físico) e a mente mais fortes e saudáveis.
Sem contar que, quando você decide ver mais o lado bom das coisas, o próprio cérebro filtra estas informações (através do SAR, Sistema ativador reticular), e por mais que coisas ruins aconteçam, você não se conecta com elas, elas passam direto.
É mesmo como funcionam as conexões das ondas de rádio, TV, etc. Quando você se conecta na frequência “Antena 1”, você ouve “Antena 1”, quando você se conecta no “Brasil Urgente”, você vê “Brasil Urgente”.
Reprogramação
Eu tenho me aprofundado em cura da criança interior porque minha criança interior foi programada com crenças ruins, as minhas conexões eram ruins, os resultados eram bem ruins… Eu mesmo me criticava e desvalorizava minhas ações, mentalmente. Os outros só performavam de acordo com este “código”.
Crianças têm ondas cerebrais diferentes de um adulto. Principalmente até os 7 anos de idade (mais ou menos), elas absorvem tudo como sendo verdade; E carregam com elas para o resto da vida, ainda que seja mentira ou brincadeira.
São poucas as pessoas que nos ensinam que não precisamos carregar a “mulher-na-cabeça” para sempre.
Simplesmente, não precisamos ficar repetindo ofensas, “nãos” e outras histórias tóxicas na cabeça.
Sim, criar um novo hábito requer esforço e concentração, o cérebro, inicialmente, não gosta disso, mas depois de um tempo, ele vê que você dá tanta atenção para esta nova conexão neural (positividade), que passará a ignorar a antiga conexão (negativa). Claro, ele vai poupar energia.
Para mudar a tela que aparece e eu não gosto, preciso mudar a programação. Isso é possível com autoconhecimento, terapias, ho’oponopono, orações, meditação, etc. (Não existe uma única fórmula universal, cada um faz aquilo que faz mais sentido para si!)
Nos meus livros e textos, compartilho o que me ajudou (se quiser se aprofundar no assunto, dê uma olhada neles). Mas também é possível reprogramar a mente dormindo!
Basta colocar as novas crenças (aquelas que você quer adotar como verdade) para reproduzir durante o sono. Por exemplo, digamos que você queira ser mais confiante, suas novas crenças serão “eu sou autoconfiante”, “eu acredito em mim”, etc. Ainda que não sejam verdade neste momento, em breve serão.
Isso porque o subconsciente nunca dorme, e o que você disser para ele, ele adotará como sendo verdade. Durante o sono, as ondas cerebrais são as mesmas de quando você era criança, uma esponjinha de aprender!
Dica de ouro: esqueça as suas crenças limitantes atuais. Não importa quão pobres sejam os códigos da sua versão 1.0, o que importa é digitar linhas de códigos que produzirão os resultados desejados na versão 2.0.
Primeiro na mente
Eu estava vendo um vídeo no canal no Will Smith, How To Train Your Mind To Get What You Want (Como treinar sua mente para conseguir o que quer), e ele falou algo maravilhoso que abriu uma janela dentro de mim.
Ele estava tendo aula de xadrez com um mestre, que disse para ele olhar para o tabuleiro e, mentalmente, colocar as peças exatamente onde ele queria que elas estivessem. O Will disse que elas não iriam, e o mestre respondeu: “esse é o truque da sua mente.”
Se você disser, na sua mente: “eu quero aquilo… Ah, não, não dá.” Você está acabado! Você está morto!
Você está treinando a si mesmo para sequer ser capaz de imaginar o que você quer!
Desculpa o clichê, mas: tudo o que foi criado, primeiro passou na mente de alguém.
No design do Eu Sou, toda vez que você diz “não consigo”, é como dizer “eu sou incapaz”; “ninguém me dá valor”, “eu sou desprezível”; “eu não tenho sorte”, “eu sou azar”... E é com isso que a vida vai te conectar.
Depois que assisti “Genius — A vida de Einstein”, foi que eu (finalmente) entendi o que aquela frase “a imaginação é mais importante do que o conhecimento” quer dizer, e a sua importância para a vida.
Por que não me permitir que as coisas aconteçam exatamente como quero na minha mente? Se não acontecer na mente, não vai acontecer em lugar algum!
“Nunca deixa que ninguém lhe diga que não pode fazer algo”. Nem mesmo as suas crenças, nem mesmo sua criança interior, nem mesmo suas experiências passadas.
Design thinking
Entenda os medos e os “não consigo” que a mente dispara como sendo placas de atenção, e NÃO de rua sem saída. Quando elas surgirem, experimente treinar a mente para ver possibilidades, em vez de dificuldades.
Permita-se imaginar suas conquistas, sucessos e vitórias.
Crie novas conexões neurais de otimismo, positividade, confiança, gratidão e entusiasmo. E repita estas imagens na cabeça, até que o cérebro se habitue tanto a ela, que comece a agir de tal maneira, e se conectar com esta vibe.
Torne esta prática um ciclo contínuo:
O que eu quero → quais crenças me impedem (que seria como identificar os códigos errados) → excluir o que é desnecessário → inserir o que é necessário (o que preciso) → qual é o resultado → o que eu quero…
Há um ditado que diz que há três respostas para um design: “não”, “sim”, “wow”. Você é o designer da própria vida, você decide o que fazer, onde ir, o que estudar… Não desista por causa de “nãos”, e não aceite nada menos do que um “wow”.
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